SERIEMA, AVE DA FAMÍLIA CARIAMIDAE


Seriema (Cariama cristata)

Família: Cariamidae
Espécie: Cariama cristata
Comprimento: 90 cm
Peso: 1,4 kg.

Presente em áreas abertas desde o Maranhão e sul do Pará até o oeste do Mato Grosso; ausente em áreas amplamente florestadas da Amazônia. Encontrada também na Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. Comum em cerrados, campos sujos e pastagens, sendo beneficiada pelo desmatamento. Anda pelo chão, aos pares ou em pequenos bandos. Se perseguida, foge correndo, deixando para voar somente se muito pressionada, chegando a atingir velocidades superiores a 40 km/h antes de levantar vôo. Seu canto é marcante, podendo ser ouvido a mais de 1 km. Come gafanhotos e outros insetos, ratos, lagartos e animais pequenos, incluindo cobras. Embora viva no chão, empoleira-se no alto de árvores para dormir. No cerrado faz ninho no alto de árvores, a até 4 ou 5 m do solo. Utiliza gravetos e galhos frágeis, forrando-o com estrume de gado, barro ou folhas secas. Põe 2 ovos branco-rosados, manchados de castanho. O casal alterna-se para chocar os ovos, período que dura entre 26 e 29 dias. Conhecida também como sariema (Ceará) e seriema-de-pé-vermelho. O nome seriema deriva das palavras em tupi "çaria" (= crista) + "am" (= levantada).

Características: seriema, significa "ema de crista" porém, ela e a ema não pertencem ao mesmo gênero. Ela é o terror dos roedores e répteis, subjuga-os com seu forte bico, atirando-os contra o solo com violência. São aves de médio porte, pernaltas de aparência arcaica, com corpo esguio, pescoço longo, um bico muito forte e afiado, asas arredondadas. Mede aproximadamente 90 cm e pesa mais de 1,4 kg. De asas largas e "duras", cauda longa. Plumagem cinzenta com ligeira tonalidade parda ou amarelada. Base do bico, o qual é forte e vermelho como as pernas, cresce um feixe de penas eriçadas para adiante, tem o olhar ameaçador.

Habitat: cerrados, campos sujos e eventualmente em pastagens, sempre ambientes abertos ou semi-abertos secos. O desmatamento progressivo contribui para expandir seus domínios na medida em que lhe proporciona novas áreas de hábitat favorável.

Ocorrência: centro e sul da América do Sul, da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia ao Brasil central e oriental até o oeste do Mato Grosso, sul do Pará e no Maranhão.

Hábitos: ave terrícola. Prefere correr a voar, na verdade ela não voa, no máximo consegue dar uns planeios curtos. O vôo é muito curto e muito baixo. Andam e correm velozmente. Uma das características mais marcantes nesta família é a vocalização, audível e grandes distâncias, pois é muito forte e com uma musicalidade toda especial. Andam em casais ou em pequenos grupos. Quando perseguida por um automóvel chega a atingir de 40 até 70 km/h - antes de levantar vôo (só faz quando necessário). À noite empoleira-se no altos das árvores e durante o dia repousa deitada no solo. Quando percebe algum perigo esconde-se atrás de troncos caídos, deitando no chão. Toma banho de poeira e sol.

Alimentação: onívora. Cobras pequenas e de tamanho médio, inclusive venenosas, são algumas d e suas presas. O réptil não tem como fugir, nem armas a opor à força do bico e das garras da ave. Alem de cobras, a seriema come qualquer outra espécie de bicho que ela possa vencer: rãs, aves e seus ovos, lagartos e alguns pequenos mamíferos. Gafanhotos e outros artrópodes, roedores, calangos, lagartixas e outros animais pequenos. Começa sempre a comer a vítima pela cabeça. Tem a reputação de devorar "grande quantidade" de cobras, o que aparentemente é exagero. Não é imune ao veneno ofídico. Não gosta de bicho morto.

Reprodução: seus ninhos, são construídos em árvores relativamente baixas (uns 4 metros de altura). A construção rudimentar é pouco mais que um monte de gravetos amontoados em grande volume de gravetos fortemente compactados. Os ovos, que quase sempre em número de 2, passam da cor rósea a um esbranquiçado, manchados com linhas e pintas marrons. Os filhotes quando nascem são cobertos por uma penugem escura e permanecem no ninho até crescerem um pouco, quando então descem ao solo. O casal reveza-se no choco, que dura de 26 a 29 dias. O filhote é coberto por longa penugem parda pálida com manchas pardas. Abandona o ninho com 12 dias de idade.

Predadores naturais: onça, jaguatirica ou de uma suçuarana.

Fonte: www.megatimes.com.br

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